Como conseguir uma eficiência dos Programas de tal modo que sua base seja um arranjo sob o signo de uma avaliação crítica, mensurável e qualitativa sem ser submissa nem à busca de um sucesso próprio do mercado competitivo e nem a uma versão corporativa que não reconheça a necessidade de avaliação crítica, séria e compromissada?” Eis o dilema da pós-graduação no país e o objetivo do livro organizado por Sguissardi & Bianchetti, Dilemas da pós-graduação: gestão e avaliação.
Como diz o Prof. C. R. J. Cury, em seu prefácio “Este livro remete-nos ao âmago dos processos avaliativos que caracterizam uma das mais importantes faces de atuação da CAPES, mormente quando de sua redefinição no final dos anos de 1990. (…) Ainda que conte com a efetiva participação do corpo de docentes pesquisadores qualificados, o processo não é simples. Afinal, esses docentes procedem de universidades cujo escopo maior é o desenvolvimento das áreas de conhecimento em prol do progresso maior do país e cuja atividade permanente é a produção do novo. Sabe-se que tal produção se dá, no mais das vezes, pelo método da dúvida, pela insatisfação com o existente em vista da busca do mais avançado, mais novo, mais abrangente.
Eis por que um livro como este, tendo como autores atores de vários processos de avaliação na agência e fora dela, acabou por se defrontar com a necessidade de fazer o existente passar pelo crivo desse método universitário: a crítica.